Bruno Toledo irá propor debate sobre aplicação do Plano Estadual de Educação

por Comunicação/ALE publicado 14/09/2017 18h43, última modificação 14/09/2017 18h43

Em pronunciamento durante a plenária desta quinta-feira, 14, o deputado Bruno Toledo (PROS) disse que, diante dos argumentos da direção da Escola Estadual Lucilo José Ribeiro, de São José da Tapera, e do professor Daniel Macedo, de que não teriam conhecimento sobre o Plano Estadual de Educação (PEE), irá protocolar requerimento nesta segunda-feira, 18, convocando a Secretaria de Estado da Educação (SEE), e os demais envolvidos para um debate com a finalidade de discutir sobre o plano. Informou ainda que irá processar a direção do Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Alagoas) e o diretor de Comunicação da entidade, Lucas Soares por difamação e calúnia.

“Acho muito grave uma instituição de ensino e um professor não saberem que há uma legislação, um PEE que precisa ser respeitado e seguido”, observou Bruno Toledo. “Então necessário se faz que esta Casa convoque secretário de Educação, a diretoria da escola e o professor que realizou o projeto para que tenhamos um debate e saber o que está ocorrendo nessa falta de comunicação”, disse o parlamentar, lembrando que o PEE foi amplamente debatido, inclusive através de seminário, e que a Comissão de Educação realizou uma semana inteira de debates sobre a elaboração do plano. “O que nós queremos agora é preservar o PEE para que não ocorram mais atitudes como essas que desrespeite o plano”, argumentou Toledo.

Durante o pronunciamento, Bruno Toledo leu parte de uma entrevista concedida pela direção do Sinteal e pelo diretor de Comunicação da entidade, Lucas Soares, ao jornal Tribuna Independente onde acusam o parlamentar de “facista” e “apoiador da ditadura”. “Como fui atacado pela diretoria do Sinteal e por um diretor de Comunicação, me chamando de facista e apoiador da ditadura, que são termos fortes que não fazem parte da minha história política, então irei processessá-los para que provem a acusação na Justiça”, contou Bruno Toledo.

A matéria veiculada na Tribuna Independente foi motivada após discurso de Toledo, na sessão ordinária desta terça-feira, 12, que da tribuna da Casa cobrou uma posição do Parlamento contra a Escola Estadual Lucilo José Ribeiro, que desrespeitou o Plano Estadual de Educação apresentando aos seus alunos um projeto sobre sexualidade e gênero denominado "Diário de Gente - Sexualidade e Gênero”. De acordo com o deputado, o professor e psicólogo Daniel Macedo fez um projeto onde os meninos usaram maquiagem, roupas femininas e pintaram as unhas e as meninas usaram roupas masculinas para ilustrar questões ligadas a sexualidade e a orientação de gênero.

Solidários
O presidente da Casa, deputado Luiz Dantas também se solidarizou com o pronunciamento de Bruno Toledo e disse que o apoiará nas decisões que por ventura vier a tomar.

Em aparte, os deputados Isnaldo Bulhões (PMDB), Léo Loureiro (PPL) e Sérgio Toledo (PSC) se solidarizaram com o pronunciamento de Bruno Toledo. O primeiro, no entanto, ponderou junto ao colega de plenário que como se trata de assuntos relacionados a sexualidade não se pode discutir apenas a questão de gênero. “Devemos tratar esse tema com muita serenidade e sem muito açodamento. Quero acreditar que a posição de um membro da diretoria do Sinteal, taxando vossa excelência como facista, não retrate um posicionamento de um sindicato de tanta importância como o Sinteal”, observou Bulhões.

Já o deputado Sérgio Toledo avaliou que se o professor Daniel Macedo e a direção da escola não tinham conhecimento do PEE e que não poderia realizar aquele projeto, deveria ter pedido desculpas. “Inclusive aos pais das crianças que estavam participando e dizer que não o faria mais. Esse deveria ser o procedimento. Não atacar vossa excelência. Ele e todos aqueles que o atacaram foram de uma infelicidade muito grande”, disse Sergio Toledo.

Ao se solidarizar com Bruno Toledo, o deputado Leo Loureiro disse que não se pode admitir atitudes como essas. “Caso contrário, daqui a pouco, vão nos cercear a palavra do deputado”, observou.