Denúncia de Bruno Toledo provoca debate sobre o Estatuto do Desarmamento

por Comunicação/ALE publicado 13/03/2018 17h59, última modificação 13/03/2018 17h59

Denúncia sobre abuso de autoridade durante abordagem feita por policiais militares gera debate sobre o Estatuto do Desarmamento. O assunto foi levado ao plenário pelo deputado Bruno Toledo (PROS) em pronunciamento feito na sessão ordinária desta terça-feira, 13. De acordo com Toledo, no último dia 8, um atirador licenciado foi abordado e detido durante uma blitz da Lei Seca, mesmo tendo apresentado documento comprovando o porte de arma. “Chegou-se ao absurdo da tentativa de criminalização de um cidadão habilitado, que tem por direito da legislação, através de um certificado de registro de atirador, portar arma de fogo em direção a um local específico licenciado pelo Exército”, disse Bruno Toledo, indignado.

Segundo o parlamentar, o tema deve ser discutido no plenário do Legislativo e informou que irá encaminhar ofício solicitando explicações ao Comando da Polícia Militar sobre o que classificou de “atuação desastrada” por parte da guarnição. “Tentaram criminalizar um cidadão de bem, de conduta ilibada, sem antecedentes criminais e portando arma de fogo com o devido registro. Nessa abordagem, ele informou que portava essa arma e que se dirigia a um local específico e habilitado pelo Exército para a prática de tiro esportivo”, contou bruno Toledo, acrescentando que mesmo assim o rapaz “foi tratado como um bandido” e levado, dentro de um camburão, à delegacia.

Em aparte, os deputados Marcelo Victor (PSD) e Antonio Albuquerque (PTB) contribuíram com o pronunciamento de Toledo. O primeiro parabenizou o colega por ter trazido o tema ao plenário, ressaltando que a discussão em torno do Estatuto do Desarmamento também está em pauta no Congresso Nacional. “Conseguimos observar que muitos deputados que defendiam que o cidadão não teria direito ao uso de arma, hoje já mudam de opinião. Isso é resquício das oligarquias. O cidadão é polícia, passa num concurso e bota um revolver na cintura e não quer que o cidadão comum também tenha”, observou Victor, se referindo a ação policial.

Para o deputado Antonio Albuquerque o tema é atual, principalmente pela necessidade de a sociedade se adequar a atual realidade. “Sobretudo depois da flagrante e indiscutível falência do Estatuto do Desarmamento. Não entendo que alguém possa qualificar de violenta a pessoa que quer ter uma arma para defesa pessoal”, observou o parlamentar.