Luiz Dantas cobra urgência na solução de problema envolvendo transportadores escolares

por Comunicação/ALE publicado 07/06/2017 18h30, última modificação 07/06/2017 18h29

Após discussão em torno do protesto de estudantes do Centro de Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa), ocorrido na manhã desta quarta-feira, 7, e da polêmica envolvendo o Governo e os transportadores escolares, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luiz Dantas, recomendou à Comissão de Educação que pressione o secretário de Estado da Educação e vice-governador, Luciano Barbosa, para que resolva a questão urgentemente. O tema foi abordado inicialmente pelo deputado Rodrigo Cunha (PSDB), que criticou a forma como Barbosa vem conduzindo as questões relativas ao transporte dos estudantes da rede estadual de ensino.

“Vi a manifestação dos estudantes por falta de passagem para irem à escola. Isso é inadmissível. É uma agressão a toda sociedade”, disse Dantas, acrescentando que é de suma importância que a Assembleia Legislativa acompanhe todo o processo para que se chegue a uma solução definitiva. “Que seja encaminhada ao secretário (Luciano Barbosa) uma cobrança dura, de responsabilidade da parte da Educação com relação a este aspecto”, se posicionou o presidente do Legislativo.

Durante o pronunciamento, o deputado Rodrigo Cunha observou que o encerramento do contrato com os transportadores foi um dos motivos que levaram os estudantes a realizarem a manifestação, fechando a avenida Fernandes Lima. “A manifestação se deu porque eles (estudantes) não têm R$ 7,00, diariamente, para se deslocarem até a escola”, disse Cunha, lembrando que, assim como o projeto do passe livre, o Governo mais uma vez encerra o contrato com os transportadores fazendo com que os estudantes usem o já complicado transporte público. “Qual o estudo para se colocar mais 13 mil pessoas para se utilizar desse transporte?”, questiona Cunha. “Ao fazer isso, no mínimo coloca em risco a situação dessas crianças, pois os pais as colocam nos transporte escolar sabendo que irão chegar na escola. Nos ônibus de linha elas irão ficar suscetíveis a descer em outros pontos, colocando suas vidas em risco ou, no mínimo, deixando de frequentar a escola”, observou o deputado.

Em aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN), que preside a Comissão de Educação da Casa, disse que esse problema do transporte escolar vem se arrastando desde o início do mandato do atual Governo. Ele lembrou da Lei do Passe Livre, que o Governo vetou após aprovação do Parlamento, por falta de um planejamento. Segundo Tenório, em ato contínuo, o secretário resolveu contratar os transportadores por meio de uma cooperativa através de um contrato emergencial. “Uma auditoria do Governo Federal detecta esse problema e recomenda ao secretário (Luciano Barbosa) que tome as providências legais para fazer a devida contratação, faz novo contrato emergencial que venceu há dois meses e agora tomou a decisão de não mais contratar uma empresa para transportar os estudantes”, contou Tenório.

Quem também se posicionou sobre o assunto foi a deputada Jó Pereira (PMDB), observando que a Casa, através da Comissão de Educação, tem o dever legal de fazer o acompanhamento e o monitoramento das metas e estratégias aprovadas pelo plenário do Legislativo. “Lembro-me que aos discutirmos o plano, boa parte da imprensa dizia que ele era uma carta para Papai Noel. E se não monitorarmos, se avaliarmos e não cumprirmos o nosso papel ele efetivamente estará virando uma carta a Papai Noel”, observou a parlamentar, ressaltando que o Plano Estadual de Educação determina o que irá acontecer na pasta pelos próximos dez anos. “Precisamos executar o que está lá. É papel dessa Casa, principalmente da Comissão de Educação, monitorar o que está lá. Porque ficamos nos sentindo numa posição de apenas apagar incêndios”, declarou Jó Pereira.