Renan Filho toma posse e convoca população para a construção de uma nova Alagoas

por Comunicação/ALE publicado 01/01/2015 17h00, última modificação 23/04/2015 15h21

Em seu discurso de posse na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira, 1º, o novo governador de Alagoas, Renan Filho fez um relato político de sua vida pública, relembrou a história dos 200 anos de emancipação política de Alagoas, destacou a união dos Poderes, traçou um perfil de como vai encontrar o Estado e as suas metas para os próximos anos. “Há poucos dias me despedi do Legislativo federal, depois de quatro anos de trabalho, exercendo um mandato que me foi conferido em 2010 com a maior votação da história. Antes governei minha terra natal, Murici, por dois mandatos de prefeito. Trago dessas duas passagens uma experiência essencial para mim e para qualquer pessoa investida em mandato popular”, disse.

Em seguida, ele destacou a importância do Poder Legislativo e Judiciário. “O primeiro e principal ensinamento que a política me trouxe é que nela a gente aprende todo dia. Por isso, destaco a Assembleia Legislativa. Espero que o debate político encontre novos caminhos para resolver nossos velhos problemas. Já perante a Justiça, presto compromisso de trabalhar pelo bem de Alagoas e de cumprir e fazer cumprir a Constituição, de exercer o poder com consciência de que ele emana do povo e a ele deve ser dedicado”, afirmou.

Renan falou do atual cenário de Alagoas. “Nosso índice de desemprego é o segundo maior do Nordeste e o terceiro do País. De 2014 a 2013, enquanto no Brasil o desemprego caiu de 8,9% para 6,5%, em Alagoas ele aumentou de 9,5% para 11%, ou seja, quase dobrou em relação a média nacional. Somos o último Estado do País em Índice de Desenvolvimento Humano. O saldo de nossa balança comercial é estarrecedor. Somos ainda o Estado com a maior dívida pública em relação ao PIB. Os gastos com pessoal estouraram o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos 21,6% de analfabetos – o pior do País -. Alagoas é o Estado que menos investe em saúde pública, com apenas R$ 0,57 por habitantes por dia. A segurança é a área que os números mais assustam. A média de homicídio do Brasil é de 29 para cada grupo de 100 mil habitantes; em Alagoas é de 64,6 para cada grupo de 100 mil habitantes”, destacou.

Em seu discurso, o novo governador conclamou a todos a participar de uma nova Alagoas. “Queremos colocar o Estado de uma vez por todas no século XXI. Nossa tarefa é, em primeiro lugar, incluir e crescer no mesmo ritmo do Nordeste. É dar os passos necessários e seguros para recuperar o tempo perdido”, disse.

Renan também reafirmou os compromissos que foram feitos com todos os setores organizados de sociedade. “Nosso dialogo será franco com os movimentos sociais, com os setores produtivos, com os sindicatos dos trabalhadores, com a opinião pública, com os meios de comunicação e com os servidores públicos. Juntos temos força de reduzir significativamente e até mesmo eliminar as principais mazelas que colocam o Estado com os piores indicadores sociais e econômicos do País”, afirmou.


Por fim, o novo governador conclamou a todos a participar de uma nova emancipação. “Esta nova emancipação é a eliminação da pobreza extrema. É a construção de um sistema de educação de qualidade. É ainda acabar com o analfabetismo. A nova emancipação é organizar a saúde pública para que ela seja realmente acessível aos cidadãos de todas as idades e em toda a parte do Estado. É combater o crime e tirar do cotidiano dos alagoanos a violência, o sofrimento e o medo. É devolver às famílias de nossa terra o direito ao sossego e a liberdade de viver em paz em casa ou nas ruas. Essas são as nossa prioridades”, concluiu o novo governador.