Ronaldo Medeiros critica a forma como estão sendo feitas as revisões do auxílio-doença

por Comunicação/ALE publicado 02/08/2017 18h17, última modificação 02/08/2017 18h17

Em pronunciamento durante a sessão plenária desta quarta-feira, 2, o deputado Ronaldo Medeiros (PMDB) criticou a forma como o Governo Federal está conduzindo o processo de revisão dos benefícios e auxílios-doença concedidos pela Previdência Social. De acordo com Medeiros, o governo do presidente
Michel Temer está determinando aos médicos que cortem o auxílio de trabalhadores afastados do trabalho por doenças. O parlamentar disse que o corte do benefício já chega a 80% e considera a ação do Governo Federal como “um gesto criminoso”.

“Numa crise dessas, o Governo Federal está praticamente determinando aos médicos, forçando, coagindo para que estes cortem o benefício auxílio-doença daquelas pessoas que recebem da Previdência”, disse Ronaldo Medeiros. “Oitenta por cento é uma revisão, no mínimo, criminosa de um governo irresponsável, que não está sabendo administrar o Brasil, que quer penalizar os menos favorecidos”, criticou Medeiros, informando que em Alagoas a média de corte nos benefícios também beira aos 80%. “E isso vai ter uma consequencia desastrosa. Não é defender quem não tem direito, é defender que aquele que tem direito continue a receber”, observou o deputado.

Ronaldo Medeiros denunciou ainda o número insuficiente de médicos nas diversas agências do INSS do Estado, o que vem dificultando a realização de perícias. “As agências do INSS aqui em Alagoas estão agendando perícias para daqui quatro meses. Imaginem o trabalhador que está doente, agendar uma perícia para daqui a 100 ou 120 dias. Isso quer dizer que ele vai ficar sem pagamento, porque a empresa que ele está trabalhando não vai pagar”, argumenta o parlamentar.