Cabo Bebeto cobra contratação de professores para a Uneal

por Comunicação/ALE publicado 10/04/2024 18h29, última modificação 10/04/2024 18h29

O indicativo de greve por parte dos servidores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) repercutiu no plenário da Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 10. O assunto foi abordado pelo deputado Cabo Bebeto (PL), que cobrou ao Governo e à Secretaria de Educação a realização de concurso público para sanar os problemas enfrentados pela Uneal, tendo em vista que o principal motivo da paralisação é a falta de professores e técnicos na instituição de ensino. “Alguns dias atrás recebi uma comissão de alunos de curso de Direito, relatando esse problema da falta de professores na faculdade”, contou Bebeto, acrescentando que a universidade tinha professores voluntários que estavam cobrindo esse déficit de docentes, no entanto, o Ministério Público Estadual (MPE), ao tomar ciência do fato, recomendou que a Uneal regularizasse a situação. “O que não foi feito. E os voluntários tiveram que deixar a sala de aula. Então os alunos estão tendo esse prejuízo, principalmente do curso de Direito”, informou.

De acordo com o deputado Cabo Bebeto, a Uneal vivencia uma das maiores crises da sua história: sem professores e sem técnicos suficientes para ministrar os cursos mantidos pela instituição estadual de ensino superior. “Muitos cursos não estão funcionando. Os alunos também reclamam da falta de assistência estudantil, de restaurantes universitários e de internet”, pontuou o parlamentar, observando que apesar da reivindicação de concurso público para docentes e técnicos, o Governo do Estado não promove a realização do certame. “E o problema só se agrava. A situação é tão absurda que no mesmo relatório o MPE informa que a Uneal precisaria de mais 12 professores com carga de 40 horas/aula. No universo de 74 disciplinas, a Uneal só tem seis professores efetivos com formação em Direito”, criticou Bebeto.

Segundo Bebeto, os problemas na área educacional do Estado não existem apenas no ensino superior. Para embasar sua fala, o deputado citou a recente pesquisa divulgada pelo IBGE, dando conta de que em Alagoas existem mais de 360 mil analfabetos e 255 mil jovens, de 15 a 29 anos, que não trabalham e nem estudam. As informações fazem parte do módulo anual da educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, de 2023. “Alagoas, infelizmente, tem a maior taxa de analfabetismo do País. Apesar de ter diminuído esse número numa série histórica que vem desde 2016, Alagoas ainda é o Eestado que ostenta a maior taxa”, destacou o deputado, complementando que vem recebendo denúncias de que, apesar das aulas das escolas públicas terem iniciado em 15 de fevereiro, ainda há falta de professores.