Cabo Bebeto critica cancelamento de concursos da Segurança Pública

por Comunicação/ALE publicado 24/11/2021 13h34, última modificação 24/11/2021 13h34

Da tribuna do Parlamento, durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 24, o deputado Cabo Bebeto (PTC) se posicionou contrário a anulação do concurso público realizado em setembro último para a área de Segurança Pública do Estado. De acordo com o parlamentar, a anulação do certame é injusta com aquelas pessoas que se preparam por meses, investiram em cursinhos preparatórios e, em alguns casos, até abriram mão de seus empregos. “Alguns que passaram na prova começaram a fazer exames médicos, se prepararam para o teste de aptidão física e pediram demissão do emprego. Aqueles que agiram com honestidade estavam tranquilos e seguros da aprovação”, observou Bebeto.

Na sequência, o deputado disse que alguns fatos ocorridos no concurso lhe chamaram a atenção. Entre eles, a divulação de uma nota da Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), no dia 30 de setembro, informando que somente tomaria alguma providencia sobre as denúncias de fraudes após a conclusão das investigações que estavam sendo realizadas, mantendo apenas a suspensão do concurso. No entanto, prossegue Cabo Bebeto, no dia 29 de outubro, mesmo sem a conclusão das investigações, a Seplag anunciou o cancelamento dos certames. Provocada por um aprovado, que solicitou informações no último dia 11, a Secretaria responde que todas as informações servidas de base para sua decisão, e que foram comprovadas através de inquérito policial, ainda seguem em sigilo, havendo impossibilidade de se identificar a totalidade dos envolvidos. Quanto aos documentos solicitados pelo candidato, disse que o inquérito policial, onde possivelmente constam os documentos comprobatórios da fraude, segue em sigilo, motivo pelo qual nem a Seplag teve acesso. “Se está sob sigilo e a Seplag não teve acesso aos documentos, como chegou à decisão de cancelar os concursos?”, questiona Bebeto.

Em aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN), que também é contrário ao cancelamento dos concursos, se associou ao pronunciamento de Bebeto, dizendo que o Estado tem o dever de apurar as irregularidades e apontar aqueles que fraudaram os certames. “Mas tem o dever também de reconhecer o direito daqueles que estudaram e lograram êxito. É justo que se reconheça esse direito”, disse o parlamentar.