Cabo Bebeto critica prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro

por Comunicação/ALE publicado 25/11/2025 18h33, última modificação 25/11/2025 18h33

Durante a sessão ordinária de terça-feira, 25, o deputado Cabo Bebeto (PL) manifestou veemente apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando sua condenação como "julgamento falso" e caracterizando-o como "preso político". "Cadeia não é feita só para bandido. Há homens de bem, que por um momento podem ser presos", iniciou o parlamentar, referindo-se ao trânsito em julgado do processo de tentativa de golpe de Estado.

O deputado descreveu Bolsonaro como "um homem de 70 anos, doente graças à tentativa de homicídio não esclarecida, condenado a 27 anos sem ter cometido crime". E afirmou: "Ele é o maior líder político da história, condenado por não se render ao sistema. Esta é a ditadura moderna: Executivo e Judiciário unidos para eliminar opositores", disse ele, lamentando-se pela situação.

"Lula comprovadamente cometeu crimes e foi 'descondenado' por manobra judicial. Bolsonaro não cometeu crime nenhum", reafirmou ele, desejando força ao presidente: "Que Deus abençoe a saúde do nosso presidente Bolsonaro e nos dê força por nossos filhos e netos. Desistir do Brasil não é opção".

Aparte
Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) posicionou-se contrariamente ao colega, defendendo a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro como um ato de justiça democrática. "Hoje é um dia importante, dia em que a justiça está sendo feita", afirmou Medeiros, caracterizando o processo como "julgamento justo no regime democrático, que condena quem atentou contra a democracia brasileira".

"Ex-presidente que ria das pessoas morrendo, foi contra vacinas, atrasou compra de medicamentos e não enviou recursos aos estados. Foi preciso o Congresso forçar aumento do auxílio emergencial", elencou o petista, sobre o ex-presidente preso. Medeiros finalizou sua fala defendendo que "justiça foi feita com quem tentou fugir, usou ferros de solda e incentivou agressões à democracia".

Por fim, o presidente Marcelo Victor caracterizou o momento como "uma ferida na democracia brasileira". "É um dia que não há nada a comemorar. É uma cicatriz na democracia do Brasil, independente da perspectiva. Agora é seguir em frente, tentando diminuir estas diferenças", refletiu, finalizando o assunto.