Cabo Bebeto denuncia atraso salarial em empresas que prestam serviço para a Sesau
Em pronunciamento realizado nesta terça-feira, 12, o deputado Cabo Bebeto (PL) denunciou atraso no pagamento de salários de funcionários das empresas Vital e Reluzir, que prestam serviços terceirizados à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Segundo o parlamentar, trabalhadores das duas empresas o procuraram, por meio das redes sociais, para relatar que estão há 23 dias sem receber seus vencimentos. Indignado com a situação, Cabo Bebeto cobrou um posicionamento da Sesau e exigiu providências imediatas.
“Essa é, infelizmente, a terceira ou quarta vez só neste ano que vemos protestos de trabalhadores dessas empresas. Eles alegam estar 20, 30 dias sem salário. Quem trabalha quer receber”, afirmou o deputado. Durante o discurso, Bebeto ressaltou que os atrasos salariais só podem ter duas explicações: ou a Sesau não efetuou o pagamento às empresas contratadas ou as empresas receberam e não repassaram os valores aos seus funcionários. Em ambos os casos, segundo ele, cabe à Secretaria fiscalizar e intervir. “A Sesau precisa esclarecer se está com os pagamentos em dia com as empresas. Caso esteja, deve cobrar das contratadas que honrem seus compromissos com os trabalhadores”, completou.
Colégio Tiradentes
Ainda em seu pronunciamento, Bebeto voltou a fazer duras críticas à possível decisão da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de implementar o modelo de progressão parcial nos colégios da Polícia Militar Tiradentes, unidades reconhecidas pela excelência no ensino em Alagoas. Segundo o parlamentar, mães de alunos acompanharam a sessão presencialmente, demonstrando preocupação com os impactos da medida na qualidade do ensino. “São colégios referência em resultados, seja em Olimpíadas, seja no Enem. São alunos que se destacam em todas as concorrências que participam e que não querem essa mudança. Isso é um retrocesso na qualidade do ensino”, criticou Bebeto.
A progressão parcial permite que estudantes avancem para a série seguinte mesmo sem terem sido aprovados em todas as disciplinas, o que, segundo o deputado, compromete a formação integral dos alunos e enfraquece o rigor acadêmico das escolas. “Estamos preocupados é com a qualidade de ensino e com a qualificação dos alagoanos que essas escolas estão formando. Queremos alunos alfabetizados e não alunos analfabetizados”, enfatizou, citando que a inquietação não vem apenas das mães, mas também dos próprios estudantes.
Por fim, Cabo Bebeto informou que protocolou um ofício dirigido ao Governo de Alagoas e à Secretaria de Educação, solicitando que a proposta seja revista. O documento também foi assinado pelos deputados Ricardo Nezinho (MDB) e Gilvan Barros Filho (MDB). No ofício, os parlamentares alertam para os possíveis prejuízos pedagógicos e institucionais que a mudança pode acarretar para as duas unidades do Colégio Tiradentes, localizadas em Maceió e Arapiraca.
Em aparte, o deputado Gilvan Barros Filho (MDB) se juntou ao apelo do colega parlamentar e disse que as duas escolas militares em Alagoas são exemplos de modelo de ensino e destaque nacional. “As escolas militares são assim em todo o País e essa mudança não será benéfica. Elas vêm elevando o nome de Alagoas em todo o Brasil, mostrando toda sua competência da forma como são geridas hoje. Não podemos retroceder ou implementar regras novas que venham a comprometer o ensino dessas escolas militares”, declarou.