Deputados criticam ex-governador por inauguração de obras inacabadas

por Comunicação/ALE publicado 05/04/2022 13h14, última modificação 05/04/2022 13h14

Em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira, 5, o deputado Cabo Bebeto (PL) voltou a criticar o ex-governador do Estado, Renan Filho, por entregar obras inacabadas aos alagoanos. Ele citou como exemplos as obras do Marco dos Corais e do Hospital da Criança, que foram inauguradas na última sexta-feira. Bebeto acusou Filho de ser “um mentiroso contumaz”. “O (ex) governador Renan Filho entrega seu cargo, mas não deixa, nem no último dia, de enganar o alagoano”, acusou o parlamentar, dizendo que a partir de reclamações de populares foi verificar in loco e pode comprovar que as obras realmente não estariam prontas.

“Fui ao Marco dos Corais e realmente está fechado. Conversei com alguns funcionários da empresa e constatei que a obra não estava pronta”, contou Cabo Bebeto, informando que fez imagens do local e divulgou nas suas redes sociais. O deputado também relatou sua visita ao Hospital da Criança. “Chegando lá, vi que é uma obra muito bonita, um hospital que vai, de fato, servir ao alagoano, assim que estiver pronta, mas era claro que não estava pronta”, afirmou Bebeto. “E mais uma vez o governador Renan Filho mente. É um mentiroso contumaz”, acusou. 

O deputado Davi Maia (União Brasil) e a deputada Jó Pereira (PSDB) se associaram ao pronunciamento de Bebeto. O primeiro sugeriu ingressar no Ministério Público Estadual com um pedido de investigação por improbidade administrativa contra o ex-governador Renan Filho, com base na Lei estadual nº 8.522/2021, que veda inauguração de obras incompletas. “Inclusive no seu artigo 4º, o descumprimento desta lei acarretará em responsabilização por improbidade administrativa, e o que não faltam são imagens, provas de que essas obras foram entregues inacabadas”, disse o parlamentar. Já deputada Jó Pereira citou a entrega do último trecho do Canal do Sertão como outro exemplo de obra inaugurada sem estar concluída. “O último trecho do canal foi entregue sem a obra ter sido recebida pelo Estado de Alagoas. O agricultor começou a plantar, a fazer os projetos, executar projetos de irrigação ao longo desse trecho, e não conseguiam a outorga porque a obra ainda não tinha sido recebida pelo Estado”, criticou a parlamentar, ressaltando que a entrega de obras sem finalização causam transtornos e prejuízos às pessoas que necessitam daqueles serviços.