Deputados relatam dificuldades enfrentadas pela população dos bairros atingidos pelo afundamento do solo

por Comunicação/ALE publicado 17/02/2022 13h10, última modificação 17/02/2022 13h21

O deputado Dudu Ronalsa (PSDB) lamentou nesta quinta-feira, 17, a situação dos moradores do Flexal de Cima e Flexal de Baixo, em Bebedouro, que ficaram ilhados após evacuação dos bairros que sofrem com afundamento causado pela mineração de sal-gema feita pela Braskem – a área não foi incluída no plano de compensação. “É triste a situação destas pessoas que moram numa localidade sem farmácia, posto de saúde ou qualquer infraestrutura. Sem contar que parte dos imóveis apresenta rachaduras, assim como naqueles que foram esvaziados’, disse.

Ronalsa ressaltou ainda que a situação gera grande insegurança aos moradores. “A maior parte do comércio próximo fechou e até o acesso ao transporte público tem sido difícil. Pedimos que o Ministério Público e o Judiciário olhem para aquelas pessoas, e que possam fazer um plano, junto com a Braskem, para retirá-las. Aquela região não oferece mais nenhuma condição de moradia", destacou.

Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) disse que a Braskem, além de ter destruído uma região inteira, continua intocável. “A empresa acabou com laços familiares, com a história e com milhares de negócios que existiam ali. Ela negocia quando quer, paga quando quer e quem não aceitar que aguarde. Essa é a Braskem, uma empresa que tanto mal vem fazendo a uma parcela considerável dos maceioneses e ao meio ambiente”, afirmou.

Também em aparte, o deputado Léo Loureiro (PP) defendeu, mesmo não concordando com parte dos termos, que o acordo firmado pela Braskem, Ministério Público e Poder Judiciário seja cumprido. “Uma parte do acordo foi paga, é preciso que o restante também seja honrado. O que não pode é desfazer o que já foi homologado, o que não pode é a população ser penalizada”, disse.

Programa do Leite
O deputado Dudu Ronalsa também aproveitou o pronuciamento para informar que recebeu denúncias com relação ao Programa do Leite, coordenado pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri-AL). O parlamentar disse que encaminhou um ofício ao secretário Maykon Beltrão solicitando explicações. “Estou agora esperando a resposta do secretário, já que as denúncias envolvem o uso indevido de associações. Queremos saber quais requisitos foram colocados para haver mudança nas entidades que fazem a distribuição do leite”, indagou.