Doutor Wanderley critica fechamento da Casa do Coraçãozinho

por Comunicação/ALE publicado 27/02/2024 18h39, última modificação 27/02/2024 18h39

Em seu pronuciamento na sessão desta terça-feira, o deputado Doutor Wanderley (MDB) apontou as consequências advindas da desapropriação do antigo Hospital do Coração pela Prefeitura de Maceió, entre elas a perda de referência cardiológica e o fechamendo da Casa do Coraçãozinho. O parlamentar fez questão de frisar que seu objetivo não é ode criticar a forma como foi feita a desapropriação, mas o fato de que o hospital fechado, devido ao processo de aquisição da unidade hospitalar pelo Município, provocou efeitos colaterais tanto para a saúde pública quanto privada.

“Um dois efeitos foi a perda de referência cardiológica para os pacientes que têm convênio. Uma pessoa que infarta hoje em Maceió e tem convênio médico não sabe para onde se dirigir”, observou o parlamentar. Wanderley prosseguiu informando que providências já estão sendo adotadas para que os conveniados sejam atendidos.

“A outra consequência é mais grave, pois as operações das crianças, feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), eram realizadas naquela unidade de saúde. As portadoras das chamadas cardiopatias congênitas precisam de um lugar estruturado - porque algumas dessas doenças são complexas -, possuem vários defeitos no coração e, se não forem atendidas nos primeiros dias de vida, morrem”, argumentou o deputado, informando que após reunião com o governador Paulo Dantas e com o secretário de Saúde Gustavo Pontes de Miranda ficou determinado que essas crianças passem a ser atendidas em outro hospital com condições de recebê-las.

“Essa providência é de grande valor humanitário. Nesse projeto iniciado pelo ex-governador Renan Filho e abraçado pelo governador Paulo Dantas foram operadas mais de 800 crianças e feitos mais de quatro mil atendimentos clínicos”, contou Doutor Wanderley, lembrando que a Casa do Coraçãozinho foi fruto de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual e que, após termo de responsabilidade determinado pela Justiça alagoana, os custos desse atendimento deveriam ser divididos entre Estado e Prefeitura. “E até hoje a Prefeitura não honrou com a parte dela. Tem sido o Governo do Estado e vai continuar sendo, até que a Prefeitura resolva também arranjar um grupo habilitado para dividir essa tarefa com o Estado”, ressaltou Wanderley, agradecendo a presteza do Executivo estadual em tomar essa providência, para não deixar crianças e famílias desamparadas.