Flávia Cavalcante faz relato emocionante sobre a convivência com a fibromialgia

por Comunicação/ALE publicado 12/06/2019 20h05, última modificação 12/06/2019 20h33

A fibromialgia é uma síndrome que provoca dores por todo o corpo da pessoa por longos períodos, causando sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. A doença foi tema do pronunciamento da deputada Flávia Cavalcante (MDB) na sessão desta quarta-feira, 12, no plenário da Assembleia Legislativa. “É uma doença pouco conhecida, mas que atinge de 2% a 10% da população brasileira e, em cada 10 portadores, oito são mulheres”, afirmou.

A deputada revelou que é portadora da síndrome e conhecedora de seus sintomas e que está procurando meios de ajudar os fibromiálgicos do Estado. “Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. Não se sabe a razão porque as mulheres são mais afetadas. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres antes e depois da menopausa”, disse.

Com o objetivo de divulgar ainda mais a doença, a deputada destacou outros sintomas, como fadiga - onde a pessoa já acorda se sentindo cansada, mesmo que tenha dormido por muitas horas -, problemas de memórias, concentração e digestivo, além do inchaço nos joelhos, mãos e pés. “Sou portadora de fibromialgia há 10 anos, mas demorei quase três para ser diagnosticada. Sentia muitas dores no corpo, passei por vários médicos, cada um apontava um problema diferente. Cheguei a tomar, por quase dois anos, 12 comprimidos por dia, o que acabou me causando uma úlcera”, destacou.

A deputada conclamou a todos para que a Sindrome da Fibromialgia fosse mais divulgada no Estado. “Em Alagoas, o único local em que se pode fazer um tratamento é no Hospital Universitário, por ele ter um setor de doenças crônicas. Já foi aprovado na Câmara Federal um projeto que obriga o SUS a fornecer o medicamento. É uma doença incapacitante. Muitas vezes tento me expressar aqui no plenário e não consigo. Teve um momento que até esqueci o nome da minha filha”, declarou a parlamentar, muito emocionada.

Flávia Cavalcante informou que o diagnóstico é feito clinicamente, por meio do histórico dos sintomas e do exame físico. “Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças com sintomas e características semelhantes possam ser descartadas entre os possíveis diagnósticos. Já o tratamento é multidisciplinar, com fisioterapia, programa de exercícios, psicólogo, psiquiatra e reumatologista”, disse.

Por fim, a deputada disse que a doença não tem cura e que é preciso alertar a população e os órgãos estaduais para ter um olhar diferenciado para os pacientes. “Trouxe o caso ao plenário porque encontrei muita gente com a síndrome, inclusive com um caso de suicídio, pois a pessoa não tinha mais condições de trabalhar, por sentir muitas dores e acabou entrando em depressão”, concluiu Flávia Cavalcante.

Em aparte, os deputados Dudu Ronalsa (PSDB), Fátima Canuto (PRTB), Ângela Garrote (PP), Cabo Bebeto (PSL) e Marcelo Beltrão (MDB) se solidarizaram com o pronunciamento e elogiaram a postura de Flávia Cavalcante em levar um caso pessoal ao plenário da Casa. Fátima Canuto disse que o depoimento fará com que outras pessoas procurem especialistas. Dudu Ronalsa pediu que o projeto que trata sobre a Sindrome da Fibromialgia fosse levado à AMA e à UVEAL. Cabo Bebeto defendeu a aposentadoria para a pessoa que for diagnosticada com a doença, por ser incapacitante. Ângela Garrote destacou que é preciso investir em locais para que se possa realizar exames mais detalhados e Marcelo Beltrão disse que vai propor uma audiência pública para debater o assunto.

Rosilda Gomes da Silva Rodrigues
Rosilda Gomes da Silva Rodrigues disse:
26/07/2020 08h17
Sofro dessa síndrome a mais de 15 anos, durmo e acordo com muitas does, estou no olho do furacão 😭. Tenho tido muita insônia e sempre acordo com muita dor de cabeça. Faço o tratamento com anti depressivo.
Iredes Carvalho
Iredes Carvalho disse:
02/09/2021 12h01
Tem que abranger todo país, não só um estado. Porque todos nós fibromialgicos temos essas mesmas dificuldades.
Edna Rodrigues Vieira
Edna Rodrigues Vieira disse:
09/09/2021 09h32
Sofro com a fibromialgia a 3 anos, e sinto incapacidade até mesmo para fazer os movimentos mais simples, não consigo ter uma noite de sono tranquila faz tempo, ultimamente não estou mais saindo de casa porque não consigo andar. Espero um dia um milagre acontecer em minha vida, para que eu possa voltar a ter uma vida livre das dores.
Sheila Mônica
Sheila Mônica disse:
20/01/2022 08h40
Eu sofro com os sintomas a mais de 8 anos, não queria aceitar q estou doente e com limitações, principal mente pq não posso parar de trabalhar. Dependo do meu trabalho p viver. Tentei suicídio em abril 2021, dei uma parada cardíaca e fiquei 8 dias internada. Infelizmente meu filho conseguiu abrir a porta da minha casa e me trouxe de volta a está dor q nada cura. Tomo vários comproimidos por dia, faço acompanhamento psiquiátrico e com psicólogo. Continuo sem esperança. Cada dia é uma grande batalha e vergonha.
Casirlei Queiroz dos Santos
Casirlei Queiroz dos Santos disse:
27/02/2022 11h11
Sou portadora da síndrome da fibromialgia, realmente viver com essa doença acaba nos deixando incapacitados diante de dores intensas e constantes, fadiga, as vezes passo por momentos de esquecimento, verdadeiros apagões onde não consigo lembrar coisas simples como o meu endereço, fui diagnosticada com 36 anos, apesar de sofrer com as dores desde a minha adolescência, já fiz vários tratamentos, onde passei anos tomando antidepressivos, analgésicos, antiflamatórios, tinha dores terríveis no estômago e muita náuseas, hoje estou com 48 anos e me sinto cada vez mais incapacitada pois sempre fui uma mulher muito esforçada e fico triste por ter que realizar o que gosto de fazer devido às dores constantes.
Flávia Domingues
Flávia Domingues disse:
13/05/2022 20h19
A fibromialgia é uma doença que fere a alma...
Denise Cristina Rodrigues de Souza Moro
Denise Cristina Rodrigues de Souza Moro disse:
25/05/2022 12h57
Bom dia
Tenho sentido muita dores desde outubro de 2020
Começou com uma dor nas costas e depois veio pra barriga uma dor em queimação e depois veio uma dor na mama e depois uma dormência na cabeça e na face e uma dor em queimação e pontadas na cabeça depois veio uma dor no tórax/peito, abdômen superior e braços e pernas e coluna torácica e lombar
Fiz vários exames e não deu nada
Fui em um reumatologista que disse que é fibromialgia
Comentários foram desativados.