Indícios de irregularidades em concurso da PM geram debate em plenário

por Comunicação/ALE publicado 21/09/2021 12h27, última modificação 21/09/2021 12h27

A denúncia de supostas fraudes ocorridas nas provas do concurso da Polícia Militar de Alagoas, há cerca de um mês, e que levaram o Governo do Estado a suspender provisoriamente as atividades do certame, foi abordada pelo deputado Francisco Tenório (PMN) durante pronunciamento realizado na sessão ordinária desta terça-feira, 21. O parlamentar cobrou investigação e punição aos responsáveis, e apelou ao Estado para que o concurso não seja anulado, uma vez que muitos dos concorrentes que foram aprovados já estariam no limite da idade para ingressar nas fileiras da PM. “Espero que essa suspensão seja para apurar os fatos, que o resultado dela seja amplamente divulgado e os infratores sejam punidos”, disse Tenório.

Ele solicitou ao Ministério Público e à Polícia Judiciária de Alagoas que identifiquem os envolvidos, mas sem prejudicar aquelas pessoas que fizeram o concurso público e obtiveram êxito de forma lícita. “Muitas pessoas fizeram essa prova depois de anos de estudo, passaram no concurso e estão no limite de idade. Peço que esse concurso não seja anulado”, reforçou Francisco Tenório.

Em aparte, os deputados Cabo Bebeto (PTC) e Davi Maia (DEM) também se posicionaram sobre o tema. Bebeto concordou com o pronunciamento de Tenório no sentido de que o certame não seja anulado, por entender que não seria justo com as pessoas que prestaram as provas de forma lícita. Ele lembrou que foram 67 mil candidatos inscritos e apenas 1.200 aprovados. “A maioria não foi aprovada e quer anulação do concurso, mas não seria justo com quem estudou”, avalia o parlamentar, concordando com Francisco Tenório no sentido de que as denúncias sejam apuradas e que os responsáveis ou a empresa organizadora do concurso sejam punidos.

Já o deputado Davi Maia se posicionou favorável a anulação do certame. “Esse concurso está eivado de irregularidades. Foi por isso que houve uma decisão judicial e que várias pessoas se posicionaram nesse sentido”, argumentou parlamentar, acrescentando que numa situação como essa fica muito difícil “separar o joio do trigo”.