Parlamentares debatem ação da PM em Junqueiro

por Comunicação/ALE publicado 17/09/2019 20h00, última modificação 17/09/2019 22h50

A ação da Polícia Militar durante evento motociclístico na localidade Riachão, na cidade de Junqueiro, gerou debate no plenário da Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária desta terça-feira, 17. O primeiro a se pronunciar sobre o assunto foi o deputado Antonio Albuquerque (PRTB), que considerou a ação policial desproporcional. Ele contou que se reportou ao secretário de Segurança Pública, coronel PM Lima Júnior, pedindo informações.

"Quero saber quem fez a denúncia, quem provocou a presença da polícia lá. Quantas armas foram apreendidas, quantos carros e motos roubados foram apreendidos e quantos acontecimentos dessa ordem são registrados em Alagoas por ocasião de eventos dessa natureza", questionou Albuquerque, contando que tomou conhecimento do episódio através de suas redes sociais.

O parlamentar disse não aceitar qualquer tipo de abuso praticado por quem quer que seja. "Preciso deixar muito claro que foi desproporcional. Não posso aceitar. Pedi informações ao secretário de segurança e ele garantiu que iria averiguar”, declarou Antonio Albuquerque. “É estranho. Não está bem esclarecido. É lamentável”, avaliou Albuquerque.

Outro que lamentou o episódio foi o deputado Galba Novaes (MDB). Ele disse que precisa ter uma explicação para o fato e que estranhou a quantidade de viaturas utilizadas, inclusive envolvendo um helicóptero, para abordagem das pessoas que participavam do passeio motociclístico em comemoração a Emancipação Política de Alagoas. “A abordagem acho exagerada. Um evento programado há mais de um ano. Soube que foram apreendidas mais de 50 motos e uma moça foi agredida”, disse Novaes, acrescentando que nunca viu a PM de Alagoas como 'agressiva'. “Queremos que isso seja esclarecido e que fatos dessa natureza, se é que houve exageros da PM, não venham mais a ocorrer”, ressaltou o parlamentar.

A deputada Jó Pereira (MDB) disse não querer acreditar que a Polícia Militar tenha agido fora dos limites da legalidade. Ela contou que teve conhecimento, através da internet, que alguns motociclistas estavam dirigindo o veículo de forma imprudente. A parlamentar, que é natural de Junqueiro, disse ainda que quiseram atribuir a ação da PM a grupos políticos, mas que acredita na atuação livre e correta das forças de segurança pública. “Porque se assim não for, como vamos alcançar a segurança pública que a sociedade precisa? E gostaria de dizer que, ao contrário do que foi dito, se lá eu estivesse eu faria questão que a PM tivesse feito o seu papel. O papel de garantir a ordem pública”, declarou.