Ronaldo Medeiros critica reajuste na tarifa de energia elétrica

por Comunicação/ALE publicado 29/04/2021 11h34, última modificação 29/04/2021 11h34

Contrário à privatização por entender que a medida não melhora a prestação do serviço ao público, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) voltou a criticar a venda da Eletrobrás/AL para a Equatorial. O parlamentar destacou a falta de sensibilidade da empresa que, nesse período de pandemia, já solicita à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o segundo reajuste para a tarifa da energia elétrica no Estado. "A Aneel concedeu, ano passado, o reajuste de 8,96% e para este ano um aumento de 6,53% para o consumidor residencial. Em dois anos de pandemia, já acumula mais de 16% de reajuste nas contas dos consumidores", criticou Medeiros.

Ele prosseguiu informando que para a indústria o aumento foi ainda maior, passando de 11,86%, no ano de 2020, para um aumento de 13,03% este ano. "Na indústria, nesses últimos dois anos de pandemia, o reajuste nas contas de energia acumula mais de 25%", prosseguiu Ronaldo Medeiros, observando que o trabalhador brasileiro só tem acumulado perdas ao longo desse período. Por outro lado, o deputado destaca que, em Alagoas, o governo do Estado manteve congelado os valores das tarifas de água e do gás canalizado.

Ronaldo Medeiros acrescenta que o reajuste na tarifa de energia traz como consequência o aumento nos preços de outros produtos, e que nesse período de crise sanitária a situação da população tende a se agravar. Segundo Medeiros, a privatização do setor não trouxe melhorias, citando como exemplo as reclamações de usuários de Pão de Açúcar, Coruripe e São Brás.

Em apartes, os deputados Davi Mai (DEM) e Silvio Camelo se posicionaram sobre o tema abordado. O primeiro, que defende as privatizações, disse que o País precisa acabar com o controle estatal dos serviços. "Vamos cobrar do Governo que nos encaminhe o regramento sobre os aumentos de tarifas, que até hoje não nos enviou", contra-argumentou. Já o deputado Silvio Camelo ponderou que deve haver um meio termo no tratamento da questão. "É preciso que se avance nessa discussão. Não privatizar apenas por privatizar, nem deixar de forma estatizada por estatizar. Esse é o livre mercado que defendo, para que o consumidor saia sempre ganhando", disse Camelo.