Rose Davino defende criação do Estatuto da Mulher de Alagoas

por Comunicação/ALE publicado 05/09/2023 19h08, última modificação 05/09/2023 19h08

Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 5, a deputada Rose Davino (PP) defendeu a criação de um Estatuto da Mulher de Alagoas. Em pronunciamento, a parlamentar convidou seus colegas de plenário a debaterem sobre o tema e apresentarem propostas para a elaboração do documento, que tem por finalidade proteger e assegurar os direitos das mulheres alagoanas. Para embasar a proposta, Rose Davino citou artigo pulicado pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan, após reunião com a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves.

"Como presidente da Comissão das Mulheres, convido todos a participarem da criação deste Estatuto, que é uma pauta muito importante e se tornou evidente após a honrosa visita da ministra à Casa", disse a deputada, referindo-se ao encontro com Cida Gonçalves, ocorrido no final de agosto. "A ministra, uma mulher notável, também solicitou uma audiência pública para discutir a misoginia em nossa sociedade. A luta pela defesa das mulheres é muito relevante, e precisamos garantir nosso apoio e empenho para eliminar a desigualdade e a discriminação contra as mulheres", concluiu Rose Davino.

Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) e a deputada Cibele Moura (MDB) contribuíram com o pronunciamento, externando seus pontos de vistas sobre o tema. Para Medeiros, a questão da violência e discriminação contra as mulheres é cultural. Na maioria das vezes, segundo Medeiros, as mulheres vítimas de violência doméstica se submetem a situação degradante por serem dependente financeiramente de seu agressor. “Por isso vemos a necessidade da realização de cursos de capacitação para as mulheres, principalmente as da periferia, para lhes dar condições de trabalhar com dignidade e ter sua independência financeira. Pois essa dependência econômica leva a mulher a não denunciar as agressões sofridas”, observou o parlamentar.

Já a deputada Cibele Moura disse que ao se falar sobre as questões culturais, nesse caso, na sociedade brasileira ainda se propagam episódios de machismo e violência contra a mulher e contra vários outros grupos, que precisam de apoio. “Tudo que é cultural pode ser mudado com o passar do tempo e as pessoas se aprimoram”, ressaltou a parlamentar.