Valorização da Ciência, vacina e tratamento preventivo são temas de intenso debate

por Comunicação/ALE publicado 16/03/2021 15h25, última modificação 16/03/2021 15h42

A importância da Ciência, a vacina e o tratamento preventivo para o combate à pandemia do coronavírus (Covid-19) foram amplamente debatidos no plenário da Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária desta terça-feira, 16. Primeiro a abordar o assunto, o deputado Antonio Albuquerque (PTB) defendeu o posicionamento do Governo Federal no combate à doença e fez críticas ao que chamou de "politicagem" criada sobre o tema. “Tenho ouvido de forma reiterada, através da imprensa, uma campanha político partidária, uma politicagem tão desqualificada acerca desse tema que outra coisa não resta, na condição de homem público, a não ser trazer também a minha opinião sobre isso”, disse o parlamentar.

Albuquerque criticou a postura da médica Ludhmila Hajjar, no que diz respeito a forma como trata a questão do coronavírus. A médica, que foi convidada e recusou o cargo de ministra da Saúde no Governo Bolsonaro, alegando divergências técnicas, defende a realização de lockdown para reduzir a propagação do vírus. Medida que, desde o início da pandemia, Antonio Albuquerque se posicionou contrário. “É muito fácil gravar um vídeo em ambiente confortável para recomendar que o cidadão fique em casa”, observou o deputado.

O deputado Cabo Bebeto (PTC) defendeu, mais uma vez, o tratamento preventivo da Covid-19 com as drogas hidroxicloroquina e ivermectina. Ao sustentar as iniciativas do Governo Federal, Bebeto disse que o presidente Jair Bolsonaro nunca foi contra a vacina, mas a obrigatoriedade dela e a compra do imunizante sem que fosse comprovada a eficácia e seus efeitos colaterais. “A preocupação do presidente era a responsabilidade com os recursos públicos”, argumentou Bebeto, criticando as ações adotadas pelos governos dos estados brasileiros no combate à pandemia e questionando o número de infectados pelo coronavírus no Estado e no País.

Vacina Já!
A deputada Jó Pereira (MDB) rechaçou qualquer forma que desestimule a população de se vacinar. E lembrou que desde o início das campanhas vacinais houve efeitos colaterais dos imunizantes. “Sempre existiram. Mas o ganho coletivo é infinitamente maior do que eventuais efeitos colaterais, que quase todo medicamento tem. É importante lembrar que as ações que suspenderam provisoriamente a aplicação de alguma vacina não impediram a continuidade da vacinação”, observou a parlamentar, referindo-se à notícia de que a vacina da Oxford teria provocado efeitos colaterais em algumas pessoas na Europa. “Vamos parar de politizar. Vamos parar de meter o dedo onde não somos chamados. Não somos cientistas, não somos médicos”, disse, acrescentando que só através da vacinação poderemos salvar vidas e recuperar a economia.

Endossando a fala de Jó Pereira, a deputada Fátima Canuto (PRTB) relatou os dias em que esteve acometida da Covid-19, em maio do ano passado, quando passou 21 dias hospitalizada. Ela contou que foi submetida a vários tratamentos, inclusive com hidroxicloroquina e ivermectina, mas tudo de forma experimental. “O que sou favorável, incondicionalmente, é à vacinação em massa”, destacou Canuto.

O deputado Inácio Loiola (PDT) disse que a Ciência é fundamental para o desenvolvimento e para o progresso da humanidade, acrescentando que as autoridades competentes devem se conscientizar de que o combate a Covid-19 é uma questão científica.